terça-feira, 18 de agosto de 2015

Clima da Região Nordeste

Clima da Região Nordeste possui características determinantes na formação das diferentes paisagens da região. A Região Nordeste, formada pelos estados do Maranhão (MA), Piauí (PI), Ceará (CE), Rio Grande do Norte (RN), Paraíba (PB), Pernambuco (PE), Alagoas (AL), Sergipe (SE) e Bahia (BA), possui extensão territorial de 1.554.291.607 km².

Tipos de Clima

Na região nordeste, predominam quatro tipos de clima:
  • Tropical úmido ou Tropical Litorâneo
  • Tropical Semiárido
  • Tropical
  • Equatorial úmido

Clima Tropical Úmido

clima tropical úmido ou tropical litorâneo, apresenta um verão quente e úmido, com temperaturas elevadas o ano todo, que variam entre 25 e 31 graus. Possui uma estação com chuvas irregulares, com maior ocorrência entre os meses de abril a julho, com índice pluviométrico médio anual entre 2.000 e 3.000 milímetros.
Esse clima, é predominante em toda a Zona da Mata, que compreende uma faixa de terras na qual acompanha o litoral e se estende desde o Rio Grande do Norte até o sul da Bahia. É nessa região que se situam as capitais dos estados do Nordeste, com exceção de Teresina, Fortaleza e São Luís.
O clima tropical úmido é também predominante na Zona do Agreste, em parte dos estados do Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco e Alagoas. Os planaltos elevados e as serras do Agreste, formam barreiras para a penetração de massas de ar úmidas provenientes do Oceano Atlântico. A porção leste do Agreste, próximo da zona da Mata, chove mais que na porção oeste, próxima do sertão.
Nas regiões das serras e do Planalto da Borborema, as temperaturas, durante o período de chuvas, chegam a cair, oscilando entre 14 e 24 graus, com destaque para as cidades de Gravatá (PE), Garanhuns (PE), Triunfo (PE), Campina Grande (PB) e Lagoa Seca (PB).

Clima Tropical Semiárido

clima tropical semiárido apresenta baixa umidade, com temperaturas médias em torno de 27 e 31 graus, podendo chegar a 41 graus nos longos períodos secos. As chuvas são raras, com índice pluviométrico inferior a 700 milímetros anuais, podendo ocorrer entre os meses de abril a maio. A menor média anual de chuvas no Brasil é registrada em Cabaceiras, no sertão da Paraíba, com apenas 278,1 milímetros.
O clima tropical semiárido é predominante na porção central do Nordeste brasileiro, em parte do estado do Piauí, no Meio Norte e em parte da Zona do Sertão, nos estados do Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Sergipe e Bahia.
O grande problema do sertão é a irregularidade das chuvas de modo que, quando não chove nos meses esperados, surgem os períodos de seca, com elevadas temperaturas, que podem se prolongar por vários anos.
Polígono das Secas é uma região, reconhecida pela legislação, dentro do semiárido do Nordeste apresentando diversos índices de aridez, com áreas extremamente secas, típicas de semi deserto. A área atingida pelas secas vem aumentando, devido aos fenômenos climáticos e o desmatamento da região. É o caso do estado do Maranhão, que até 30 anos atrás não conhecia a seca.

Clima Tropical

clima tropical apresenta duas estações bem definidas, com verão quente e chuvoso com temperaturas elevadas, e inverno seco, com estiagem prolongada e temperaturas amenas, entre 18 e 26 graus. O índice pluviométrico varia entre 1.000 e 1.750 milímetros. É predominante em grande parte do Maranhão, do Piauí, do Ceará e da Bahia.

Clima Equatorial Úmido

O clima equatorial úmido apresenta médias de temperatura elevadas, entre 25 e 27 graus, com índice pluviométrico médio anual de 2.000 a 3.000 milímetros, com grande quantidade de chuva a maior parte do ano. Predomina numa faixa estreita no estado do Maranhão, na fronteira com o estado do Pará, na Região Norte.
via: Toda Matéria
A SECA NO NORDESTE
Dentre os muitos aspectos apresentados pela Região Nordeste o que mais se destaca é a seca, causada pela escassez de chuvas, proporcionando pobreza e fome.
A partir dessa temática é importante entender quais são os fatores que determinam o clima da região, especialmente na sub-região do sertão, região que mais sofre com a seca.
O Sertão nordestino apresenta as menores incidências de chuvas, isso em âmbito nacional. A restrita presença de chuva nessa área é causada basicamente pelo tipo de massa de ar aliado ao relevo, esse muitas vezes impede que massas de ar quentes e úmidas ajam sobre o local causando chuvas.
No sul do Sertão ocorrem, raramente, chuvas entre outubro e março, essas são provenientes da ação de frentes frias com característica polar que se apresentam e agem no sudeste. As outras áreas do Sertão têm suas chuvas provocadas pelos ventos alísios vindos do hemisfério norte.
No Sertão, as chuvas se apresentam entre dezembro e abril, no entanto, em determinados anos isso não acontece, ocasionando um longo período sem chuvas, originando assim, a seca.
As secas prolongadas no Sertão Nordestino são oriundas, muitas vezes, da elevação da temperatura das águas do Oceano Pacífico, esse aquecimento é denominado pela classe cientifica de El Niño, nos anos em que esse fenômeno ocorre o Sertão sofre com a intensa seca.
A longa estiagem provoca uma série de prejuízos aos agricultores, como perda de plantações e animais, a falta de produtividade causada pela seca provoca a fome.
Vegetação
No Sertão e no Agreste o tipo de vegetação que se apresenta é a caatinga, o clima predominante é o semi-árido, esse tipo de vegetação é adaptado à escassez de água.
Algumas espécies de plantas da caatinga têm a capacidade de armazenar água no caule ou nas raízes, outras perdem as folhas para não diminuir a umidade, todas com o mesmo fim, poupar água para os momentos de seca.
Rios temporários ou sazonais
Os rios que estão situados nas áreas do Sertão são influenciados pelo clima semi-árido, dessa forma não há grande incidência de chuvas.
A maioria dos rios do Sertão e Agreste é caracterizada pelo regime pluvial temporário, isso significa que nos períodos sem chuva eles secam, no entanto, logo que chove se enchem novamente.
Nas regiões citadas é comum a construção de barragens e açudes como meio de armazenar água para suportar períodos de seca.
Eduardo de Freitas
Graduado em Geografia